Autor: Luis Osvaldo Grossmannplanalto_inseguro

Seis meses depois das denúncias do ex-espião, Edward Snowden, sobre a vigilância absoluta dos Estados Unidos sobre as comunicações mundiais, a indignação do governo brasileiro ainda parece ter dificuldades de materializar algum tipo de prioridade para o tema da defesa cibernética. Apesar dos planos traçados como reação, o Ministério da Defesa ainda sofre com “cifras modestas” para fazê-los deslanchar.

Como lembrou nesta ultima semana, o ministro Celso Amorim, o governo criou um grupo voltado especialmente para discutir propostas de como fortalecer a segurança da informação. Dali saíram ideias como a criação de uma escola nacional de defesa cibernética, mas as perspectivas não são animadoras.

“A cifra para os projetos é excessivamente modesta. São R$ 207 milhões, dos quais R$ 40 milhões para a escola de defesa cibernética”, destacou Amorim, que nesta terça participou de uma oficina que discutiu o desenvolvimento do correio eletrônico seguro, desenvolvido pelo Serpro e que deverá ser implantado nos ministérios ao longo deste ano.

O ministro da Defesa torce para que o cenário mude. “São cifras naturalmente iniciais que terão que ser revistas com o tempo e contar com a decantada generosidade do Ministério da Fazenda, porque sem essa generosidade será impossível”, emendou.

Até por isso, Amorim foi rápido em dimensionar os resultados para dissipar “expectativas excessivas”. “Obviamente temos que tratar da nossa defesa cibernética, mas de início será instrumento dos próprios instrumentos da defesa nacional. É impensável que o Centro de Defesa Cibernética possa proteger todas as estruturas estratégicas que temos.”

Fonte:  Convergência Digital